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Caso Tayná completa 11 anos, sem respostas
Foto: Geraldo Bubniak/AGB

Caso Tayná completa 11 anos, sem respostas

Para a polícia o caso está encerrado, mas o Ministério Público ainda não ofereceu denúncia aos quatro e únicos suspeitos.

BandNews FM Curitiba - quarta-feira, 26 de junho de 2024 - 09:08

O caso da morte da menina Tayná Adriane da Silva segue em aberto, após 11 anos. O Ministério Público (MP-PR) ainda não ofereceu a denúncia à Justiça do Paraná contra os quatro principais suspeitos do crime e pede que a Polícia Civil continue com as investigações. Mas para a polícia o caso está encerrado.

O advogado da família de Tayná, Luis Gustavo Janiszewski, questiona o impasse. Ele considera que as provas de materialidade e indícios de autoria apresentadas no inquérito são mais do que suficientes para que o MPPR ofereça a denúncia.

“A grande pergunta hoje em dia não é mais quem matou Tayná, e sim o motivo de o Ministério Público não oferecer denúncia contra os quatro e únicos suspeitos dessa morte. Nós temos uma posição institucional da Polícia Civil, composta por diversos delegados que passaram por essa investigação, e todos de maneira unânime apontam a autoria aos quatro suspeitos presos à época. Temos elementos suficientes dando conta disso, mas por uma inércia do Ministério Público, pedindo pequenas e poucas diligências que ainda faltam no inquérito policial, eles não oferecerem a denúncia”, afirma.

Relembre o caso Tayná

O crime ocorreu em Colombo, na Região Metropolitana de Curitiba. Tayná Adriane da Silva desapareceu no dia 25 de junho de 2013. Três dias depois, o corpo da adolescente, que na época tinha 14 anos, foi encontrado dentro de um poço. Segundo a perícia, a menina foi estuprada.

Foto: Reprodução

As investigações levaram a quatro suspeitos de autoria do crime: Sérgio Amorim da Silva Filho, Paulo Henrique Camargo, Adriano Batista e Ezequiel Batista. Eles trabalhavam em um parque de diversões que ficava em frente ao terreno onde o corpo foi encontrado. Os quatro teriam confessado o crime.

Segundo o inquérito, eles disseram que levaram a vítima para um matagal, estupraram e a estrangularam. Mas depois, voltaram atrás e alegaram que a confissão foi sob tortura.

O ex-delegado e dois investigadores que estavam à frente do caso foram investigados e condenados em 2018. Eles recorreram, e em março de 2020, o Tribunal de Justiça do Paraná absolveu os três.

Sobre os suspeitos, o advogado diz não ter informações oficiais do paradeiro dos quatro. Quanto ao MP, a defesa espera que um novo promotor seja designado para o caso.

“A dor, o luto, é permanente. Em que se pese ter passado 11 anos da morte, a família espera e tem esperança pelo desfecho do caso. A rotatividade com que teve de delegados de polícia se espera também do Ministério Público. Atualmente, o que tem de mais correto seria afastar o atual promotor que cuida do caso e que venha um novo, que oxigene a cabeça do MP, a fim de verificar o que desde sempre está comprovado”, completa o advogado Luis Gustavo Janiszewski.

Em nota, a Polícia Civil informa que considera o crime solucionado e que somente cumpre as diligências complementares solicitadas pelo Ministério Público. A reportagem da BandNews Curitiba pediu ao MP-PR um posicionamento sobre o caso, mas não obteve resposta.

As informações são da BandNews Curitiba.

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