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Julgamento de Jorge Guaranho é transferido para Curitiba
Marcelo Arruda (esq.) e Jorge Guaranho.(Reprodução/Redes sociais)

Julgamento de Jorge Guaranho é transferido para Curitiba

Mudança foi solicitada pela defesa do ex-policial penal.

Vinicius Cordeiro - quinta-feira, 13 de junho de 2024 - 17:18

O júri popular do ex-policial penal Jorge Guaranho foi transferido de Foz do Iguaçu, na região oeste do Paraná, para Curitiba, conforme decisão do Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR). Guaranho é acusado de matar o ex-tesoureiro do PT (Partido dos Trabalhadores), Marcelo Arruda.

A 1ª Câmara Criminal do TJ-PR acolheu o pedido feita pela defesa de Guaranho, que pedia a transferência do caso para Cascavel, também no oeste do Estado.

Os advogados de defesa sustentaram que a grande exposição do caso em Foz contaminou a imparcialidade dos jurados.

“Tal decisão é fundamental para assegurar um júri equilibrado e imparcial, garantindo a lisura do processo e a efetivação do direito à ampla defesa, conforme preceituado na Constituição Federal. A medida visa prevenir quaisquer influências externas que possam comprometer a equidade do julgamento, reforçando, assim, as garantias legais e constitucionais de Jorge Guaranho”, diz a nota da defesa de Jorge Guaranho.

JULGAMENTO DE GUARANHO JÁ FOI ADIADO DUAS VEZES

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Advogados deixando o júri. (Foto: Colaboração)

O julgamento do ex-policial penal Jorge Guaranho foi adiada em duas ocasiões. A primeira vez foi em dezembro de 2023 e a segunda em abril deste ano.

No último adiamento, o juiz Hugo Michelini não atendeu o pedido de adiamento da defesa do réu e a equipe de defesa abandonou o plenário.

A defesa de Guaranho pediu adiamento do julgamento por cerceamento de defesa, falta de acesso ao processo, além de alegar que uma das testemunhas não foi encontrada.

Guaranho é acusado de homicídio doloso duplamente qualificado, por motivo fútil e perigo comum – já que os disparos foram feitos em um salão e poderiam ter acertado outras pessoas. O crime aconteceu em julho de 2022, durante a festa de aniversário de 50 anos de Marcelo Arruda.

O MPPR (Ministério Público do Paraná) sustenta que o assassinato teve motivação política, fato contestado pela defesa. Guaranho alega que a morte de Arruda aconteceu por uma “discussão banal”.

RELEMBRE A MORTE DE MARCELO ARRUDA

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Marcelo Arruda (esq.) e Jorge Guaranho.(Reprodução/Redes sociais)

Conforme as investigações, o então policial penal Jorge Guaranho invadiu a comemoração da festa de 50 anos de Marcelo Arruda, guarda municipal e ex-tesoureiro do PT, e iniciou uma discussão. Na sequência, foi embora. Depois de 10 minutos, ele voltou ao local armado e disparou contra o petista.

Marcelo foi socorrido, mas morreu horas depois. O assassino também foi baleado durante a troca de tiros e agredido por convidados. Ele ficou internado por um mês e foi preso na sequência. Ele está no Complexo Médico Penal, na grande Curitiba, desde agosto de 2022.

No dia 19 de março deste ano, Jorge Guaranho foi demitido da Polícia Penal. O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, entendeu que a conduta de Guaranho foi violenta, ofensiva e incompatível com a moralidade administrativa, além de afrontar gravemente os valores institucionais da atividade policial.

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